Relevo
O território paraguaio, em sua totalidade, pertence à grande bacia formada pelos rios Paraguai e Paraná. É constituído de planícies, e apenas na região leste aparecem formações montanhosas, de pouca elevação, estruturalmente ligadas ao planalto brasileiro.
O rio Paraguai, que corre no sentido norte-sul, divide o país em duas partes bastante distintas. A oeste estende-se o Chaco, uma monótona planície que se eleva imperceptivelmente das margens do rio até o altiplano boliviano. A enorme planície, que ocupa também partes do território da Argentina e da Bolívia, compreende quase dois terços do território paraguaio. A leste do rio Paraguai, o terreno eleva-se suavemente e forma uma região de colinas que, nos pontos mais altos das montanhas de Amambay e Mbaracayú, atingem 700m sobre o nível do mar. No sudeste, o terreno volta a descer em direção ao vale do rio Paraná, que em alguns pontos corre pelo planalto de mesmo nome, o que facilitou a construção de represas e usinas hidrelétricas.
Clima
O Paraguai é atravessado pelo trópico de Capricórnio. As temperaturas médias, durante o verão, oscilam entre 25o e 40o C, e no inverno entre 10o e 20o C. As chuvas são abundantes no verão, devido ao deslocamento das massas de ar úmido provenientes do Atlântico, e alcançam até 2.000mm anuais nas zonas altas da parte oriental do país. Nas margens do rio Paraguai, a média é de 1.200mm anuais; no Chaco, no extremo noroeste, de 500 mm.
População
Em sua quase totalidade, a população paraguaia descende da mestiçagem entre índios guaranis e os conquistadores espanhóis. É por isso uma das mais homogêneas da América Latina, do ponto de vista étnico. A imigração sempre foi escassa e, excetuadas pequenas colônias de agricultores japoneses e de membros de seitas protestantes procedentes da Europa central e do Canadá, foi plenamente assimilada. A população indígena pura é representada por pequenos grupos humanos dispersos pela região do Chaco. Do meio milhão de habitantes que se calcula tivesse o país em meados do século XIX, a população se reduziu a menos de 200.000 na década de 1870, em conseqüência das guerras.
O crescimento nos cem anos seguintes, contudo, foi muito alto, decuplicando-se o número de habitantes apesar das perdas ocasionadas por nova guerra na década de 1930 e pelo êxodo representado pela fixação de centenas de milhares de paraguaios no Brasil e na Argentina. Um alto índice de natalidade, combinado com uma taxa de mortalidade decrescente, manteve elevado o crescimento demográfico no final do século XX.
Mais de 95% dos paraguaios residem no oeste do país, enquanto o imenso Chaco permanece praticamente despovoado. A capital, Assunção, é a única cidade que cresceu bastante, demográfica e comercialmente, no final do século XX. Outros núcleos são Lambaré, Fernando de la Mora, Villarrica e os portos fluviais de Concepción, no rio Paraguai, e Encarnación, no rio Paraná.
De crescimento recente, Pedro Juan Caballero, junto à fronteira com o Brasil, é o centro de uma zona de colonização agrícola, enquanto Ciudad del Este (antes Puerto Presidente Stroessner) deve seu desenvolvimento ao impulso econômico decorrente da construção da usina hidrelétrica de Itaipu e a sua posição como centro de comunicações fluviais e terrestres.
EconomiaAgricultura, pecuária, pesca e extrativismo florestal. A metade da população ativa do Paraguai dedica-se ao setor primário, embora só uma pequena porção das terras aráveis seja cultivada. Os produtos mais importantes são mandioca, milho, cana-de-açúcar, soja, banana, algodão e, em menor escala, arroz, café, fumo, erva-mate e sementes oleaginosas. A cultura da soja experimentou grande crescimento em regiões do Alto Paraná e Itapúa, a ponto de converter o Paraguai em um dos principais exportadores mundiais do produto.
Há criação de porcos, carneiros, cavalos e aves, a do gado bovino tem importância maior. Este é criado extensivamente no Chaco oriental e no sul do país. Os grandes rios são muito piscosos, mas a pesca é praticada apenas de maneira artesanal. A exploração florestal aproveita numerosas espécies tropicais de madeira dura, como o quebracho-branco, de que se extrai o tanino.
Fonte:
http://www.brasilescola.com/geografia/paraguai-1.htm